Frank Ferreira, conselheiro das Comunidades, solicitou uma reunião urgente ao embaixador de Portugal em Washington, Francisco Duarte Lopes, para discutir os ‘planos de contingência’ do governo sobre possíveis deportações de cidadãos portugueses. Na carta, Ferreira expressa preocupação com a falta de informações claras sobre os direitos dos imigrantes e os números contraditórios de potenciais deportados, que variam entre 900 e 3.600.
Ferreira também critica a ausência de respostas do governo, tendo já alertado sobre a seriedade da situação desde que Donald Trump anunciou planos de deportação. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, assegurou que não houve deportações até agora, mas reconheceu o clima de medo entre a comunidade portuguesa nos EUA.
O conselheiro sugeriu a presença de representantes do governo e da comunidade na reunião, além de solicitar a divulgação de informações oficiais na Embaixada. Rangel reafirmou que o governo está a monitorizar a situação dos portugueses indocumentados, mas não revelou números específicos, enfatizando que a situação é acompanhada de perto.
A falta de comunicação do governo português em face de uma ameaça tão grave como as deportações em massa é preocupante. A comunidade portuguesa nos Estados Unidos necessita de informações claras e suporte adequado para lidar com a incerteza e o medo que os afeta diariamente.