A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, evitou falar sobre o INEM durante um evento em Braga, apesar das questões levantadas sobre o instituto. O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, comentou que as declarações da ministra indicam uma possível privatização dos serviços de emergência médica, uma vez que ela sugeriu que o INEM deveria ser apenas um coordenador. Em resposta, Martins manteve-se firme ao não abordar o tema do INEM.
A situação do INEM está sob escrutínio, com o Ministério Público a investigar sete casos de mortes possivelmente relacionadas com falhas no socorro. Além disso, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) também abriu um inquérito devido a atrasos no atendimento de chamadas. Estas falhas tornaram-se mais evidentes durante a recente greve dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, que coincidiu com uma paralisação da função pública.
A greve dos TEPH, que durou uma semana e levou a atrasos significativos nas respostas a emergências, foi suspensa após um protocolo entre o Governo e o sindicato. As questões em torno do INEM e a sua gestão continuam a gerar preocupação entre a população, especialmente face às investigações em curso e ao debate sobre a sua futura estrutura.
A situação do INEM levanta questões sérias sobre a eficácia do sistema de emergência médica em Portugal. A falta de clareza nas declarações da ministra e as investigações em andamento são alarmantes e exigem uma resposta clara do governo para garantir a segurança dos cidadãos.