João Cravinho, em declarações à Lusa, condenou o assassinato do advogado Elvino Dias e de Paulo Guambe, mandatário do partido Podemos, que apoia Venâncio Mondlane. Cravinho afirmou que os homicídios levantam sérias dúvidas sobre as eleições em curso em Moçambique, destacando a necessidade de uma investigação transparente para identificar os culpados. O advogado, conhecido por defender direitos humanos, era assessor de Mondlane antes de sua candidatura ser rejeitada pela Comissão Nacional de Eleições.
O ex-ministro acredita que os assassinatos mancham o processo eleitoral, que se realiza em um ambiente de contestação. Com as eleições gerais marcadas para 9 de outubro, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) parece liderar, mas Mondlane contesta os resultados. A Comissão Nacional de Eleições tem até 24 de outubro para divulgar os resultados oficiais, enquanto o Conselho Constitucional analisará eventuais recursos sem prazo definido.