O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) divulgou uma análise sobre o clima em dezembro de 2024, classificando-o como quente e extremamente seco. Este foi o 8.º dezembro mais quente desde 2000, com uma temperatura média de 10,26 °C, superior à média do período de 1981-2010. A temperatura máxima média atingiu 15,16 °C, enquanto a mínima foi de 5,35 °C, com uma anomalia negativa em relação à média histórica.
A precipitação foi praticamente inexistente, com apenas 15,9 mm registados, tornando dezembro o mais seco desde 1931. A precipitação correspondeu a apenas 12% do valor médio do período de 1981-2010, destacando-se a falta de chuva ao longo do mês, exceto no dia 18, na região Norte. Alguns locais do interior Centro e Alentejo tiveram totais mensais inferiores a 5 mm.
A análise do IPMA também revelou um aumento da seca meteorológica, que afetou especialmente a região Sul e alguns distritos do Centro. No final de dezembro, 55% do território continental estava sob seca meteorológica, com a região litoral Sul a registar seca moderada. Esta situação levanta preocupações sobre o impacto da falta de precipitação nas condições climáticas futuras.
A análise do IPMA destaca a gravidade da situação climática em dezembro de 2024, evidenciando a necessidade urgente de medidas para mitigar os efeitos da seca. A combinação de temperaturas anormalmente altas e a escassez de precipitação pode ter consequências sérias para a agricultura e os recursos hídricos em Portugal. É fundamental que as autoridades estejam atentas a estas tendências e implementem estratégias eficazes para a gestão da água e a adaptação às alterações climáticas.