Empresário Elad Dror depõe em julgamento sobre alegada corrupção em Gaia

Durante a 16.ª sessão do julgamento sobre viciação de processos de licenciamento em Vila Nova de Gaia, Elad Dror, empresário, negou ter relações diretas com o ex-vice-presidente da Câmara, Patrocínio Azevedo. Dror enfrenta 16 acusações, incluindo corrupção ativa e tráfico de influência, em conjunto com o empresário Paulo Malafaia. O Ministério Público alega que ambos colaboraram em projetos imobiliários, beneficiando-se de favores da autarquia.

Dror afirmou que a comunicação com a Câmara era mediada por Malafaia, que se ofereceu para ajudar, embora sem especificar como. O empresário destacou que Azevedo tinha um papel central no urbanismo da cidade e que a pressão para a realização do projeto Skyline partiu da Câmara, dada a sua relevância para Gaia.

Ainda assim, Dror frisou que Azevedo nunca lhe prometeu nada em troca de favores e que a criação de um grupo de trabalho para o projeto foi uma iniciativa sua. O julgamento prossegue com a análise das ligações entre os acusados e as alegações do MP sobre corrupção e tráfico de influência.

O caso em tribunal revela a complexidade das ligações entre empresários e autarcas, levantando questões sobre a ética nos processos de licenciamento. A defesa de Dror aponta para a falta de provas concretas de promessas ou acordos, mas a situação expõe vulnerabilidades que podem comprometer a transparência no urbanismo local.