A pesquisa da Fundação Belmiro de Azevedo revela que as saídas de docentes para a reforma não serão compensadas pela formação de novos professores. Para 2031, estima-se a necessidade de 8.700 novos docentes para vagas permanentes e 15.700 para substituições. A situação agrava-se especialmente nas disciplinas de Matemática, Português e Informática, onde as taxas de substituição são alarmantemente baixas. As desigualdades regionais também são evidentes, com o litoral e o Baixo Alentejo a destacarem-se por carências significativas.
As atuais políticas educativas não parecem abordar o problema estrutural da falta de docentes. O aumento de vagas nos cursos de formação é fundamental, mas levará anos a fazer efeito. É crucial implementar incentivos e melhorar as condições de trabalho para atrair e reter professores. A criação de uma estratégia nacional para gestão de recrutamento é urgente para evitar que as escolas fiquem sem docentes.