Um estudo realizado com 368 profissionais de emergência, principalmente bombeiros de Lisboa e Porto, analisou o impacto do stress pós-traumático (PSPT) nas decisões em situações críticas. Os resultados, publicados no Journal of Trauma and Dissociation, mostraram que a exposição frequente a traumas pode melhorar a rapidez e precisão nas decisões, mas quando os profissionais apresentam sintomas de PSPT, a sua eficácia diminui, comprometendo a segurança das vítimas.
Ricardo Pinto, líder da pesquisa, destaca a gravidade do problema, com 23% dos profissionais a apresentar sintomas de PSPT. Ele alerta para a necessidade de uma abordagem mais robusta à saúde mental, defendendo que o apoio psicológico não deve ser limitado ao período pós-trauma, mas deve incluir acompanhamento a longo prazo.