Salvador Fezas Vital, ex-administrador do Banco Privado Português (BPP), entregou-se voluntariamente no Estabelecimento Prisional da Carregueira. A sua condenação, de dois anos e seis meses, resulta de um caso de burla qualificada em que foi obrigado a indemnizar o embaixador jubilado Júlio Mascarenhas. Esta entrega não envolveu detenção policial, segundo fontes da Lusa.
Fezas Vital aguarda também a decisão sobre outro processo por fraude fiscal e branqueamento de capitais, no qual foi condenado a nove anos e seis meses. O colapso do BPP em 2009 teve repercussões significativas, resultando na insolvência da instituição e em vários escândalos na banca portuguesa.
O Supremo Tribunal de Justiça rejeitou o recurso de Fezas Vital, obrigando-o a cumprir a pena. O tribunal considerou que os argumentos apresentados pelo ex-administrador não eram suficientes para obstar ao trânsito em julgado da decisão, que foi confirmada em outubro. Os crimes econômicos cometidos entre 2003 e 2008 resultaram na retirada de milhões de euros para a esfera pessoal dos arguidos envolvidos.
A prisão de Fezas Vital revela a necessidade de responsabilização no setor financeiro, especialmente após os escândalos que afetaram a confiança dos cidadãos nas instituições bancárias. A justiça deve ser firme para evitar que casos semelhantes se repitam no futuro.