Isabel Castro Henriques, historiadora e autora de ‘De Escravos a Indígenas’, abordou as reparações de Estado a países que foram colónias, considerando a questão complexa. Para ela, transformar o sofrimento dos africanos em dinheiro é problemático, e a reparação deve focar no reconhecimento e apoio aos cidadãos. Além disso, a devolução de obras de arte deve ser cuidadosamente analisada, considerando suas origens e as relações desiguais que as cercaram.
A historiadora destaca que a devolução de património cultural deve ser feita com respeito pelas tradições africanas, e que o processo deve envolver estudos detalhados para identificar o que foi roubado. Assim, qualquer restituição deve respeitar a soberania dos países africanos atuais.