Carlos Cortes, dirigente da Ordem dos Médicos, alertou para a necessidade de não penalizar hospitais com dificuldades, mas responsabilizar aqueles que podem reduzir as listas de espera. Ele defendeu que a aplicação da nova portaria deve ser feita de forma casuística, considerando a capacidade de cada unidade. A partir de quinta-feira, os hospitais públicos poderão começar a definir a lista de doentes que ultrapassaram o Tempo Máximo de Resposta Garantido nas cirurgias não urgentes.
Cortes enfatizou que a falta de recursos humanos e financeiros afeta a capacidade dos hospitais, como demonstrado pelo caso do Hospital Amadora-Sintra. Para ele, é essencial que a avaliação das capacidades hospitalares seja justa, com um apoio maior para aqueles que mais necessitam. A nova portaria visa garantir que todos os utentes tenham uma data de cirurgia até 2024, mas medidas adicionais poderão ser necessárias para os que não conseguirem agendar.