Os trabalhos do coletivo presidido pela juíza Helena Susano começam às 09h30. O antigo líder da Semapa, que faleceu em 2018, deverá ser ouvido durante cerca de duas horas e meia. Pedro Queiroz Pereira destacou-se por expor as irregularidades nas contas do Grupo Espírito Santo (GES), contribuindo para a queda do ex-banqueiro Ricardo Salgado.
À tarde, será a vez de Fernando Ulrich, ex-presidente do BPI, prestar declarações. Ulrich criticou a falta de ação das autoridades, como a CMVM e o Banco de Portugal, que deveriam ter atuado mais cedo para evitar a ruína do GES em 2012.
Ricardo Salgado, principal arguido do caso, enfrenta 62 crimes relacionados com a gestão do BES/GES, enquanto outros 17 arguidos também estão em julgamento. O Ministério Público estima que a falência do GES resultou em prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.
O julgamento do caso BES/GES é um momento crucial para a justiça em Portugal, trazendo à luz as falências que afetaram milhares de cidadãos e a economia do país. A responsabilização dos envolvidos é essencial para restaurar a confiança no sistema financeiro e evitar que tais situações se repitam no futuro.