O julgamento de Maurício Cavaco, acusado de matar o pai em dezembro de 2023, teve início na aldeia de Várzea do Vinagre, Faro. O jovem, de 19 anos na altura, alegou que agiu em defesa da mãe, após assistir a uma agressão. Maurício descreveu o pai como violento e relatou anos de abusos na família. Durante a discussão, o pai arremessou objetos à mãe, o que levou Maurício a intervir, resultando numa luta fatal.
Eduarda do Carmo, mãe do jovem, confirmou o ambiente de terror em casa, onde o marido era constantemente agressivo. Após o incidente, Maurício foi colocado em prisão domiciliária, e a sua situação gerou apoio público, com centenas a pedirem a sua libertação, considerando-o uma vítima de maus-tratos. O tribunal de júri, que está a lidar com o caso, é usado para crimes com penas superiores a oito anos.
O caso de Maurício Cavaco levanta questões sobre a violência doméstica e a resposta das instituições. O apoio público à libertação do jovem reflete a empatia em relação a vítimas de abusos, destacando a necessidade de um olhar mais atento sobre estas situações. A proteção das vítimas deve ser prioritária, e a justiça deve considerar o contexto em que os crimes ocorrem.