O julgamento da Operação Babel começou com o depoimento do ex-vice-presidente de Gaia, Patrocínio Azevedo, que é um dos 16 arguidos envolvidos em alegadas irregularidades em processos de licenciamento urbanístico. Entre os acusados estão também empresários do setor imobiliário, como Paulo Malafaia e Elad Dror, que enfrentam acusações de corrupção e tráfico de influências. Azevedo defendeu-se, afirmando que não participou em pactos corruptivos e que os projetos passaram sempre por ele e pelo atual presidente da câmara, Eduardo Vítor Rodrigues.
Azevedo, que está em prisão preventiva há 20 meses, expressou a sua frustração por não ter acesso completo ao processo e por se sentir já condenado antes do julgamento. Ele argumentou que o acordo de construção de um centro de congressos em Gaia foi benéfico para o município, e que a câmara seria a única a beneficiar do aumento da capacidade construtiva. O ex-autarca disse estar disposto a continuar a colaborar para apurar a verdade, mesmo que isso signifique permanecer na prisão por mais tempo.