No segundo dia do julgamento do caso BES/GES, em Lisboa, a defesa de Paulo Ferreira e outros acusados descreveu-os como a “arraia-miúda” do processo. O advogado Pedro Serra criticou a acusação do Ministério Público, afirmando que os arguidos não enganaram a Comissão Executiva do BES e não estavam cientes de quaisquer irregularidades nas contas da ESI, a holding do GES.
João Costa Andrade, outro advogado, defendeu que os arguidos atuaram de boa-fé entre 2009 e 2014, ignorando a insolvência da ESI. Rejeitou a ideia de que as defesas não contestavam os factos, pedindo uma reanálise das contestações feitas.
A manhã do julgamento também incluiu a identificação das arguidas Isabel Almeida e Cláudia Boal Faria, que não se pronunciaram. O antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, é o principal arguido, enfrentando 62 crimes, com um impacto financeiro superior a 11,8 mil milhões de euros.
A defesa dos arguidos no caso BES/GES argumenta com a boa-fé dos seus clientes, colocando em dúvida a interpretação da acusação. Este julgamento é crucial para entender as responsabilidades individuais na derrocada do grupo Espírito Santo e as suas implicações financeiras.