O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manteve-se em silêncio sobre o navio Nysted MAERS, que atracou em Lisboa no sábado, alegadamente envolvido num esquema ilegal de abastecimento de armas para Israel. O chefe de Estado destacou estar ‘ocupado’ e que ainda não discutiu o assunto com o Governo, prometendo fazê-lo assim que possível. No entanto, classificou o tema como ‘sensível’.
O Ministério das Infraestruturas esclareceu que o Nysted MAERS não transportava carga militar, permitindo a sua entrada no porto de Lisboa. O navio estava autorizado a descarregar 144 contentores com bens diversos, como automóveis e alimentos.
A denúncia sobre o navio partiu do Comité Nacional Palestiniano BDS, que alegou que a embarcação esteve envolvida em transportes ilegais de armas para Israel a partir do porto de Algeciras, na Espanha. Após a proibição espanhola, o navio foi redirecionado para Portugal.
A falta de comentários do Presidente sobre um caso tão controverso levanta questões sobre a transparência e a responsabilidade do governo em situações delicadas. A posição do Ministério das Infraestruturas parece garantir que não há envolvimento militar, mas a controvérsia persiste, especialmente em tempos de conflito no Médio Oriente.