O ex-autarca socialista Marco Martins solicitou ao executivo uma segunda suspensão de mandato, que será votada na reunião de quarta-feira. Esta solicitação sucede a uma anterior, aprovada em janeiro, que estava em vigor desde fevereiro. Martins justifica o pedido por um período mais longo para minimizar a burocracia de deliberações mensais, mantendo a possibilidade de retorno a qualquer momento.
Baseando-se na Lei n.º 169/99, que estabelece os direitos dos órgãos municipais, Martins explica que o pedido de suspensão deve ser fundamentado e apresentado ao plenário. A nova empresa de transportes, a Transportes Metropolitanos do Porto, foi constituída em janeiro e será presidida por Martins, eleito em setembro por unanimidade.
Com a saída de Martins para a TMP, o vice-presidente Luís Filipe Araújo assumiu a presidência da Câmara de Gondomar. Martins, no seu último mandato à frente da autarquia, não poderá recandidatar-se nas próximas eleições. A mudança representa um novo foco na gestão da mobilidade na Área Metropolitana do Porto.
A decisão de Marco Martins em solicitar uma suspensão de mandato pode ser vista como uma estratégia para garantir uma transição mais suave para a nova empresa de transportes. A sua experiência de anos à frente da Câmara de Gondomar poderá ser fundamental na gestão dos desafios que a TMP enfrentará. Contudo, a ausência contínua do autarca pode levantar questões sobre a continuidade de projetos na autarquia.