Mário Machado, militante ultranacionalista, anunciou que não irá apresentar um último recurso contra a sua condenação por incitamento ao ódio e à violência. Em Albufeira, antes de um protesto contra a imigração, afirmou que deseja cumprir pena o mais rapidamente possível. O Tribunal Constitucional já rejeitou o recurso, e se não houver novas movimentações, Machado terá de se apresentar até ao fim do mês para iniciar a sua pena de dois anos e 10 meses de prisão.
O advogado de Machado, José Manuel Castro, ainda estuda a possibilidade de um novo recurso, mas o militante considera isso um desperdício de tempo. A condenação surge de mensagens publicadas em redes sociais, onde Machado e Ricardo Pais incitaram ao ódio contra mulheres de esquerda, especificamente a professora Renata Cambra.
O Tribunal da Relação de Lisboa confirmou a condenação, rejeitando a defesa de Machado de que as suas declarações eram apenas humor. As mensagens controversas incluíam apelos à ‘prostituição forçada’ de mulheres ligadas a partidos de esquerda, revelando a gravidade dos atos que levaram à condenação.
A decisão de Mário Machado de não recorrer pode refletir um reconhecimento da gravidade das suas ações. A sociedade deve estar atenta a discursos que promovem a violência e o ódio, independentemente de sua origem. O combate à discriminação e à incitação ao ódio é essencial para garantir um ambiente democrático saudável.