Isabel Barros Lopes, neta do capitão Artur Carlos Barros Basto, conhecido como o ‘Dreyfus português’, apresentou uma queixa no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Ela exige a reintegração do avô nas Forças Armadas e um pedido de desculpas público do Estado português. Barros Basto foi afastado em 1937 após ter participado na circuncisão de alunos, o que resultou na perda do salário e pensão. A Comunidade Judaica do Porto afirma que as tentativas de reintegração foram infrutíferas ao longo dos anos.
A neta do capitão defende que as acusações que levaram ao afastamento do avô foram baseadas em cartas anónimas caluniosas. Ela argumenta que o Estado português não apenas ignorou as injustiças sofridas, mas também violou o direito a uma audiência justa, conforme estabelecido na Convenção Europeia dos Direitos do Homem. Barros Basto, falecido em 1961, é comparado a Alfred Dreyfus, um caso emblemático de injustiça por motivos étnicos.