Em depoimento, Pedro Queiroz Pereira, ex-líder da Semapa, descreveu Ricardo Salgado como um trabalhador ambicioso, mas mentiroso. Queiroz Pereira destacou que os outros administradores do Grupo Espírito Santo (GES) não questionavam as decisões de Salgado, que dominava o grupo sem oposição. O empresário revelou que, já em 2012, tinha consciência de problemas nas contas do GES, mas hesitou em agir. Mais tarde, confrontou o Banco de Portugal com documentos que comprovavam as irregularidades.
Queiroz Pereira sentiu-se frustrado por não conseguir impedir a ascensão de Salgado e a manipulação das contas do GES, o que agravou a situação financeira do grupo. A falta de oposição ao líder do GES foi um fator crítico para a sua gestão descontrolada.