Um estudo do investigador Carlos Farinha Rodrigues revela que, sem transferências sociais, a pobreza em Portugal seria de 40,3%. Em 2022, o país ocupava o quarto lugar em desigualdade na União Europeia. Apesar de alguns indicadores de privação material terem melhorado, os atrasos em pagamentos regulares aumentaram, em parte devido à subida dos preços da habitação. Em 2023, 1,8 milhões de portugueses viviam com menos de 632 euros por mês, com a intensidade da pobreza a permanecer elevada.
A distribuição das prestações sociais em Portugal é desigual, com 41,9% a beneficiar os 20% mais ricos, enquanto apenas 10,7% vai para os mais pobres. O investigador destaca que a situação da pobreza está a mudar, com um aumento da pobreza entre os idosos, que atingiu 21,1% em 2023. Esta evolução preocupa, especialmente considerando as mudanças nas pensões de velhice.