Carlos Cortes, bastonário da Ordem dos Médicos, defende que a vida deve ser prioritária em relação a questões económicas e alerta para os riscos à saúde pública da exclusão de imigrantes irregulares do SNS. Hoje, mais de 800 profissionais de saúde manifestaram descontentamento com as alterações à Lei de Bases da Saúde, considerando-as discriminatórias e ameaçadoras à saúde coletiva. Cortes assegurou que a ética médica deve prevalecer e que todos os doentes merecem tratamento, independentemente da sua situação legal.
Os subscritores de uma carta aberta, incluindo diversos profissionais de saúde, comprometem-se a prestar cuidados a todos, argumentando que a exclusão só agrava desigualdades e dificulta a luta contra doenças transmissíveis. Eles afirmam que a alteração à lei viola direitos constitucionais e internacionais, ressaltando que a saúde pública deve ser uma prioridade, sem distinções baseadas na nacionalidade.