No julgamento do caso BES/GES, José Maria Ricciardi, primo de Ricardo Salgado, afirmou que só em maio de 2014 tomou conhecimento da falsificação das contas do banco, após receber um documento do contabilista Francisco Machado da Cruz. Este documento foi imediatamente enviado ao Banco de Portugal. Ricciardi ressaltou que, antes disso, a narrativa era de uma má consolidação, não de falsificação. Em 2013, ele já tinha expressado preocupações sobre a liderança de Salgado, sugerindo a sua saída devido à falta de controle.
Ricciardi também mencionou que as explicações sobre os problemas nas contas só começaram a surgir em dezembro de 2013 e que a culpa foi inicialmente atribuída a um erro de Machado da Cruz. Ele afirmou que, em maio, tomou conhecimento da verdadeira dimensão das irregularidades, que remontavam a 2008. Apesar de alertas de Pedro Queiroz Pereira sobre a má situação do banco, este nunca apresentou provas concretas.