Em 2015, António Ricciardi, antigo presidente do conselho superior do Grupo Espírito Santo, revelou em interrogatório que o contabilista Machado da Cruz recebeu ordens de Ricardo Salgado para manipular as contas do grupo desde 2008. Embora Ricciardi não tenha ouvido Salgado admitir a manipulação, afirmou que havia uma clara intenção de o fazer. Ele também mencionou que só teve conhecimento dos problemas financeiros em 2013, durante uma reunião em que surgiram discrepâncias milionárias nas contas.
O depoimento de Ricciardi destaca a centralização do poder nas decisões do GES, onde Ricardo Salgado tinha um papel preponderante. A gravidade das acusações e a magnitude dos prejuízos causados pela derrocada do GES levantam questões sobre a supervisão e responsabilidade na gestão financeira do grupo.