O tribunal de Évora ouviu Benjamim Espiguinha, ex-vereador do PSD, que relatou ter recebido alertas de empresários sobre os riscos da EM255. Após informar-se junto do executivo PS, foi-lhe dito que não havia grande perigo na estrada. Espiguinha mencionou problemas estruturais e a insegurança do trânsito, afirmando que alertaria caso a estrada estivesse em perigo.
Nelson Sousa, ex-vereador do PS, também testemunhou, reconhecendo preocupações sobre a instabilidade da EM255. Ele participou numa reunião com empresários e sugeriu a criação de uma comissão para estudar os riscos, mas não soube se foram dados passos nesse sentido.
Quintino Cordeiro, vereador entre 2017 e 2021, afirmou nunca ter ouvido alertas sobre a estrada. O julgamento envolve seis arguidos, incluindo o presidente e o vice-presidente da Câmara de Borba, acusados de homicídio por omissão, após a derrocada da EM255 em 2018 que causou cinco mortes.
A situação da EM255 levanta questões sérias sobre a responsabilidade dos autarcas e a segurança das infraestruturas. O testemunho dos ex-vereadores revela um sistema que, aparentemente, não deu a devida atenção aos alertas sobre a estrada. A tragédia de 2018 serve como um alerta para a necessidade de uma vigilância mais rigorosa e de uma resposta rápida a preocupações legítimas da comunidade.