O partido Chega voltou a ser notícia por comportamentos polémicos na Assembleia da República. Na quinta-feira, a deputada Diva Ribeiro dirigiu insultos à socialista Ana Sofia Antunes, que é cega, insinuando que a sua intervenção só ocorre em temas relacionados com deficiência. A bancada do Chega foi ainda acusada de proferir insultos quando os microfones estavam desligados, provocando a indignação de outros partidos, que prometeram levar a questão à conferência de líderes.
O Partido Socialista (PS) reagiu, afirmando que a atitude do Chega viola o estatuto dos deputados e compromete a dignidade da Assembleia. Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, sublinhou que o desrespeito atinge todos os portugueses e não apenas o seu partido. Outros deputados, como Tiago Barbosa Ribeiro, também condenaram os insultos, pedindo medidas para restaurar o respeito no debate parlamentar.
As ofensas proferidas pelo Chega, incluindo insultos como ‘aberração’ e ‘drogada’, foram corroboradas por vários deputados, que exigem uma resposta firme. A deputada Isabel Moreira denunciou que os ataques ocorreram durante um debate sobre educação, enquanto Joana Mortágua do Bloco de Esquerda, confirmou a gravidade das ofensas. O clima na Assembleia continua tenso, com apelos à dignidade e respeito no debate político.
É inaceitável que, num espaço democrático, como a Assembleia da República, se perpetuem comportamentos de bullying e desrespeito. A política deve ser um espaço de diálogo e respeito mútuo, independentemente das diferenças. Os partidos têm a responsabilidade de garantir que a dignidade dos seus membros e de todos os cidadãos seja preservada.