Críticas à Ministra da Saúde aumentam no Parlamento

Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, questionou a continuidade da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, após a IGAS revelar que o INEM não recebeu a tempo os pré-avisos de greve. Mortágua defendeu que não há condições para a ministra se manter no cargo, citando o panorama crítico do Hospital Amadora Sintra, que não consegue atender a população. Para já, os bloquistas não convocaram a ministra, esperando que esta se demita.

O deputado Paulo Muacho, do Livre, também criticou a gestão do ministério, afirmando que houve falhas na resposta a situações de emergência. Ele alertou para a instabilidade que o Governo está a criar no setor da saúde, que já enfrenta dificuldades. Muacho enfatizou a necessidade de um pronunciamento claro da ministra e do primeiro-ministro sobre a situação.

O relatório da IGAS aponta falhas na comunicação do ministério, que comprometeram a definição de serviços mínimos durante as greves. O INEM não foi informado a tempo sobre os detalhes das greves, o que impossibilitou uma contestação adequada. A pressão sobre Ana Paula Martins aumenta à medida que as críticas se intensificam no Parlamento.

As críticas à ministra da Saúde refletem um descontentamento crescente com a gestão do setor, especialmente em tempos de crise. A falta de comunicação e planejamento parece ser um problema central que precisa ser abordado urgentemente. As instituições de saúde devem ser capazes de responder eficientemente, e a instabilidade política não ajuda.