No início do debate sobre o Plano e Orçamento dos Açores para 2025, António Lima, líder do Bloco de Esquerda, criticou o governo regional, afirmando que a promessa de investimento público e salários pagos a tempo é uma ilusão. Segundo Lima, a redução de impostos para os mais ricos foi financiada por dívida, o que compromete a saúde financeira da região. Ele destacou que a dívida aos fornecedores e aos trabalhadores é alarmante, com serviços públicos a sofrerem cortes significativos.
O BE também considerou o reforço de 75 milhões de euros nas transferências do Orçamento do Estado uma “vitória pífia” e defendeu um aumento permanente de financiamento de 150 milhões. Lima argumentou que a população não deve ser penalizada por um governo que favorece interesses de elites. Além disso, o bloquista criticou as privatizações anunciadas, que beneficiam apenas um grupo restrito.
O Orçamento dos Açores para 2025, que visa guiar as ações do governo regional, totaliza 1.913 milhões de euros, com cerca de 819 milhões destinados a investimentos. O parlamento açoriano conta com 57 deputados, refletindo um equilíbrio entre várias forças políticas, incluindo PSD, PS e BE.
A crítica do Bloco de Esquerda ao orçamento reflete uma preocupação com a sustentabilidade financeira da região e a equidade nas políticas públicas. A oposição ao governo sublinha a necessidade de um financiamento mais robusto que não penalize os cidadãos.