Isabel Pires, deputada do Bloco de Esquerda, expressou estranheza em relação às declarações de Xavier Barreto, presidente da APAH. Este sugeriu que, devido à escassez de médicos de família, deveria haver critérios de seleção de pacientes, excluindo jovens sem comorbilidades para priorizar os mais velhos. Pires argumenta que essa abordagem é contraproducente para a promoção da saúde, pois o acompanhamento precoce é crucial para a faixa etária jovem.
A deputada reconhece a falta de médicos, mas defende que a solução não deve ser retirar acesso a alguns grupos. Pires acredita que todos devem ter acesso a cuidados primários, uma vez que a prevenção da doença é fundamental. Barreto, por sua vez, considera que essa medida deveria ter sido implementada mais cedo e questiona a inação do Governo.
O BE propõe um enfoque diferente, defendendo a necessidade de mais médicos e melhores condições de trabalho no SNS. Pires alerta que a proposta de Barreto pode ser perigosa e sugere que a solução deve ser a valorização dos profissionais de saúde, em vez de limitar o acesso a cuidados essenciais.
A proposta de limitar o acesso a médicos de família com base na idade e condições de saúde é uma abordagem errada, que pode prejudicar a saúde pública. É essencial garantir que todos tenham acesso a cuidados primários, especialmente os jovens, que se beneficiariam do acompanhamento regular.