João Rogério Silva, conselheiro nacional do Chega e responsável pela concelhia de Oliveira do Hospital, demitiu-se do partido e do cargo, após ser acusado de ameaças de morte e destruição do veículo de um rival. Silva anunciou a sua decisão através das redes sociais, afirmando que o Chega pode contar com o seu voto, apesar da sua saída. Ele espera que a verdade sobre as acusações prevaleça.
As acusações foram reportadas pelo Jornal de Notícias, que revelou que Silva foi denunciado pelo Ministério Público por crimes de ameaça agravada e dano. O caso remonta a março de 2023, quando teria destruído o carro de António José Cardoso, outro militante do Chega, com este dentro do veículo. Silva terá ainda prometido matá-lo, utilizando uma faca.
A vítima afirmou que Silva confessou os crimes ao tribunal e a várias testemunhas. Apesar da gravidade das acusações, o Conselho de Jurisdição e o líder do Chega, André Ventura, estavam cientes do caso, mas não tomaram medidas para afastar Silva dos seus cargos.
A situação levanta questões sobre a gestão interna do Chega e a resposta do partido a comportamentos violentos entre os seus membros. A falta de ação do partido em relação a tais acusações pode minar a confiança do público na sua liderança e nos seus valores.