No recente debate sobre o Orçamento do Estado, o líder do PSD, Luís Montenegro, afirmou que não se identifica nem como liberal nem socialista. A discussão incluiu críticas à carga fiscal e à ausência de referências aos professores na proposta do Governo. Montenegro, em tom provocador, sugeriu à deputada do Chega que procurasse a palavra ‘professores’ na proposta, onde encontrou 29 menções.
O primeiro-ministro defendeu o acordo com Madrid, respondendo a críticas do PS sobre subsídios a agricultores espanhóis. Ele comparou a nova taxa de água cobrada a uma melhoria em relação à gestão anterior do PS. Deputados do PSD, por sua vez, pediram mais apoio para as suas regiões autónomas.
Montenegro reafirmou o compromisso do Governo com a autonomia regional e abordou também questões de coesão territorial. O líder do PSD questionou como é possível afirmar que não se falou de coesão quando se discutem temas fundamentais como saúde e habitação, defendendo que o objetivo é proporcionar iguais oportunidades a todos os cidadãos.
O debate revela as tensões políticas em torno do Orçamento, evidenciando as críticas sobre a gestão fiscal e a falta de atenção a setores chave como a educação e a agricultura. A resposta de Montenegro, ao enfatizar a busca por igualdade de oportunidades, sugere uma tentativa de unir a agenda do PSD em tempos de divergências acentuadas.