Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda, manifestou-se contra a nomeação de Hélder Rosalino para secretário-geral do Governo, considerando-a um erro. Na sua opinião, o pagamento de mais de 15 mil euros mensais, com um decreto específico, é uma ofensa. Mortágua anunciou que irá convocar Rosalino ao parlamento para questionar a sua nomeação.
O Governo anunciou que Rosalino, que já foi secretário de Estado da Administração Pública, começará funções em 01 de janeiro, no âmbito da reforma da Administração Pública. Esta reforma prevê a fusão de 9 entidades e uma redução de 25% nos cargos diretivos, resultando numa poupança anual de cerca de 4,1 milhões de euros.
Apesar da fusão, Rosalino optou por manter o seu salário anterior de mais de 15 mil euros do Banco de Portugal, em vez de aceitar a tabela da Função Pública, que estipula um vencimento de cerca de 6 mil euros. O Banco de Portugal garantiu que não cobrirá a diferença salarial resultante da nova função de Rosalino.
A nomeação de Hélder Rosalino, com um salário elevado, em tempos de contenção orçamental, levanta questões sobre a transparência e a ética nas escolhas governamentais. Mariana Mortágua sublinha a necessidade de responsabilidade e justiça na administração pública.