O partido PAN enfrenta um período de mudança, com a saída do coordenador Miguel Queirós e da secretária Maria Ferreira, ambos da lista A. Mónica Ferreira, da lista B, também renunciou, gerando especulações sobre descontentamento interno. Queirós negou divergências com a líder do partido, Inês de Sousa Real, mas fontes indicam que as demissões podem estar ligadas à recente avaliação do Tribunal Constitucional sobre os estatutos do partido.
O Tribunal já rejeitou por duas vezes as alterações estatutárias, obrigando o PAN a reger-se pelos estatutos de 2018. A Comissão Política Nacional questionou a validade das alterações de 2023, mas a Jurisdição do partido não se opôs à decisão do TC, levando a uma votação que apoiou os demissionários. Na reunião, a maioria votou a favor deles, demonstrando a divisão interna.
Inês de Sousa Real confirmou as demissões e garantiu a continuidade do órgão, com Jorge Manuel Silva e Teresa Gonçalves como possíveis sucessores. A lista B, por sua vez, não pretende substituir Mónica Ferreira, o que pode deixar um vazio até novas eleições. As mudanças refletem a dinâmica interna do partido e a necessidade de renovação.
As recentes saídas no PAN evidenciam a instabilidade interna que o partido enfrenta, particularmente em relação às questões estatutárias. A necessidade de renovação é compreensível, mas a falta de consenso pode fragilizar ainda mais a estrutura do partido, especialmente com a aproximação de novas eleições.