O ex-ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, saiu em defesa do primeiro-ministro Luís Montenegro, que tem sido criticado pela Esquerda por questionar o aumento dos casos de violência doméstica. Num artigo de opinião no Público, Adão e Silva reconheceu que Montenegro foi “desajeitado”, mas sustentou que ele “tem razão”, apontando que o aumento de denúncias pode explicar o aumento nas estatísticas. Ele chamou a este fenómeno de “efeito esquadra”.
Apesar de reconhecer o aumento das denúncias, Adão e Silva não desvaloriza a gravidade da violência doméstica, que considera uma “chaga social”. Ele lembrou os números alarmantes, incluindo 38 mulheres violadas mensalmente e 15 femicídios este ano. O ex-ministro também destacou que, embora tenha havido progressos na conscientização e no apoio às vítimas, ainda há muito a fazer para combater as várias formas de abuso contra as mulheres.