Mariana Mortágua, coordenadora do BE, questionou a nomeação de Hélder Rosalino para secretário-geral do Governo, pedindo a revogação do decreto que permite que ele mantenha um salário superior a 15 mil euros, em vez de seguir a tabela da Função Pública. Rosalino, ex-administrador do Banco de Portugal, anunciou a sua indisponibilidade para o cargo, que iria começar na quarta-feira. O governo de Luís Montenegro justificou a criação da Secretaria-Geral como parte de uma reforma que pretende reduzir custos na administração pública.
A situação levanta preocupações sobre a transparência e a justiça no sistema de remunerações de altos cargos governamentais. A proposta do PS de apreciação parlamentar demonstra a necessidade de um debate mais profundo sobre as regras que regem os salários destes dirigentes, especialmente quando existem discrepâncias tão grandes em relação ao salário de origem e ao que seria o normal na Função Pública.