Inês de Sousa Real, porta-voz do PAN, criticou o veto do Presidente da República ao decreto que desagrega 135 uniões de freguesia, considerando-o incompreensível e um atraso inevitável. A deputada defendeu que o processo deveria estar resolvido, reafirmando a importância de respeitar a vontade da população e a coesão territorial, especialmente com as eleições autárquicas à vista.
Marcelo Rebelo de Sousa justificou o veto com a falta de capacidade para aplicar o novo mapa nas próximas eleições e a falta de transparência no processo legislativo. O decreto, que teve apoio de vários partidos, é visto pelo Presidente como contraditório com as diretrizes europeias.
O parlamento pode, no entanto, confirmar o texto por maioria absoluta, o que obrigaria o Presidente a promulgar o diploma em oito dias. PS, BE, PCP, Livre e PAN já manifestaram a intenção de reconfirmar o decreto.
O veto do Presidente da República levanta questões sobre a capacidade de gestão política e a transparência nas decisões que afetam diretamente as comunidades locais. Em tempos de mudança, a vontade popular e a coesão territorial devem ser prioridades na agenda política.