Voto de saudação gera controvérsia na Câmara de Lisboa

O voto de saudação da liderança PSD/CDS-PP, que governa sem maioria absoluta, foi aprovado sem a presença dos vereadores do PCP, BE, Livre e Cidadãos Por Lisboa. Em reunião pública, o vice-presidente da câmara, Filipe Anacoreta Correia, elogiou o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, por reconhecer erros na política de imigração. No entanto, Santos defendeu que as suas posições não contradizem as do seu partido.

O vereador do PS Pedro Anastácio questionou a legitimidade da proposta, considerando-a uma tentativa de deslegitimar a câmara. Além disso, destacou que Carlos Moedas não tem apresentado soluções para problemas da cidade, como a falta de iluminação e segurança.

O vereador do PCP, João Ferreira, repudiou o voto, considerando-o um sinal de degradação institucional e a utilização da câmara para fins políticos. Ferreira demarcou-se do ato, sublinhando a necessidade de evitar a provocação e a baixaria na política.

A situação revela tensões políticas significativas na Câmara de Lisboa, com diferentes partidos a manifestarem descontentamento sobre a forma como as questões de imigração e a condução dos assuntos municipais estão a ser tratadas. A falta de consenso e a polarização entre os partidos dificultam a busca de soluções eficazes para os problemas da cidade.