O Futuro do Jornalismo na Era da Inteligência Artificial

Neil Lawrence, investigador do Alan Turing Institute, afirma que o jornalismo nunca poderá ser substituído pela inteligência artificial devido à relação pessoal que existe entre jornalistas e o público. Embora reconheça que a IA pode ser uma ferramenta útil para os media, o autor do livro ‘Humano, demasiado Humano’ defende que a essência do jornalismo é humana e única, refletindo a individualidade de cada jornalista.

Lawrence também alerta para os perigos da desinformação e do populismo, que são exacerbados pela tecnologia. Ele argumenta que o descontentamento social vai além de questões como imigração, sendo mais sobre a falta de oportunidades e aspirações não realizadas. Os políticos centristas, segundo ele, falham em reconhecer os verdadeiros desafios enfrentados pela população, enquanto a tecnologia pode ser uma oportunidade para abordar essas questões.

O papel dos media é crucial nesta dinâmica. Lawrence destaca que, apesar da pressão e desvalorização do jornalismo, ainda existem profissionais dedicados a lutar por uma informação de qualidade. A busca por novos modelos de financiamento é uma tendência que pode ajudar a revitalizar o jornalismo e garantir que ele continue a ser uma voz importante na sociedade.

A reflexão de Neil Lawrence sobre a irrestrita importância do ser humano no jornalismo é pertinente. A relação pessoal que os jornalistas estabelecem com o público é fundamental para a confiança e credibilidade da informação. No entanto, a era digital traz desafios significativos que precisam ser enfrentados com criatividade e cooperação entre instituições, governos e media.